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Poesias
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O toque da mão do Mestre  -  Mia Brooks Welch - Tradução:  Edith Smânio e Célia Kerr

 

Estando gasto, frio e arranhado

o leiloeiro por ele nada deu.

Perder-se tempo com um violino velho!

Contudo, com um sorriso ele o ergueu.

 

Quanto me dão por este violino velho?

O primeiro lance, quem vai dar? Cem Reais?

Quem dá mais? Duzentos?

Quem dá mais? Trezentos Reais?

 

Trezentos Reais. 1,2,3. Vai trezentos Reais!

Mas, esperem... ainda não!

Do fundo da sala, um velho de cabelos brancos

dirigiu-se à frente e tomou o violino e o arco na mão.

 

Então, tirou o pó do violino velho,

afinou-lhe as cordas,

e rompeu em melodia doce e pura

que trazia, do cântico, os anjos, a doçura.

 

De repente, a música cessou

e o leiloeiro, com voz emocionada,

baixa e rouca perguntou:

Quanto me dão por este violino velho?

 

Cem mil Reais? Duzentos mil Reais?

Trezentos mil Reais?

1,2,3, vendido por trezentos mil Reais

e a multidão irrompeu em aplausos.

 

Mas, dentre ela, alguém perguntou:

"-Não entendemos bem o que fizeste!

O valor do violino, por que se transformou?"

E a resposta veio: O toque da mão do mestre!

 

Pois muitos homens há, cujas vidas

pelo pecado gastas e marcadas,

vão a leilão e ali são vendidas

à fria multidão, por quase nada!

Uma mentira, um copo de vinho,

uma roda de jogo, e assim se deixam levar.

Vão uma vez e vão duas,

e perdidas parecem estar.

 

Porém, o Mestre vem,

e a multidão indiferente nunca pode entender bem

o valor de uma alma, a mudança total,

dada pelo toque da mão do Mestre Divinal!

 

 

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